A ressonância magnética de mamas com contraste é realizada com equipamento de alto campo (1,5 tesla) e com bobina específica, sendo considerado o exame mais eficaz na detecção de lesões mamárias. Porém, devido a seu custo, por ser um exame novo, e com uma base de dados muito menor que a mamografia, a recomendação de se realizar esse exame deve seguir alguns critérios:

– em pacientes mais jovens com histórico familiar referido de câncer de ovário ou mama em um ou mais parentes diretos com menos de 50 anos;
– Pode ser indicada em situações de mama muito densa à mamografia;
– para paciente que tem uma lesão que aumenta o risco de câncer de mama;
– como opção para a biópsia para alguns tipos de lesão de mama,
– complementação de estudo de mamografia e ultrassom de mamas para evitar biópsia ou cirurgia desnecessária (lesão cicatricial x câncer com reação fibrosa).
– para verificar se há outras lesões cancerosas na mesma mama ou na outra mama em casos de câncer diagnosticado;
– para verificar tratamento cirúrgico ou quimioterápico pré-cirúrgico e antever possibilidade de recidivas.
– É considerado o melhor método para avaliar a integridade dos implantes de silicone.

Ressonância das mamas é uma ferramenta suplementar na avaliação das doenças mamárias e não substitui a mamografia ou a ultrassonografia no rastreamento do câncer de mama.

Suas principais indicações são:

Rastreamento nas mulheres com alto risco de desenvolver o câncer de mama, que são aquelas que apresentam forte história familiar (mãe ou irmã que tiveram câncer de mama antes dos 50 anos, além de tias e primas, incluindo aquelas do lado paterno). A história de câncer de ovário na família também aumenta esse risco de desenvolver o câncer de mama. O seu médico pode avaliar a sua história familiar e inclusive realizar estudos genéticos específicos e assim determinar a necessidade de realizar uma ressonância magnética mamária.

Também está indicada nas pacientes com mamas densas, sobretudo em pacientes jovens, uma vez que é um exame que não utiliza radiação ionizante, a qual é usada na mamografia.

Esse exame também pode avaliar a extensão do câncer nos casos já diagnosticados, pois mostra o tamanho do nódulo, se envolve o músculo peitoral, pode detectar outros focos suspeitos na mesma mama ou na mama contralateral ou se há linfonodos aumentados de tamanho na axila.

Algumas vezes anormalidades vistas na mamografia não podem ser adequadamente avaliadas, mesmo com incidências mamográficas adicionais ou pela ultrassonografia. Nesses casos, a RM pode mostrar anormalidades que necessitem de biópsia ou apenas de controle por métodos de imagem.

Também é útil na avaliação de mamas operadas, sobretudo do sítio de biópsia ou de ressecção cirúrgica de câncer, para diferenciação de cicatrizes pós-cirúrgicas ou recidiva do tumor, que podem ter aspectos muito semelhantes na mamografia e na ultrassonografia.

Nas pacientes que se submeterão à quimioterapia neoadjuvante, sendo indicada a ressonância magnética antes do início do tratamento e após o término, para a avaliação da resposta.

Em alguns casos, o câncer de mama será tratado com quimioterapia antes do procedimento cirúrgico, para diminuir as dimensões do tumor (quimioterapia neoadjuvante). Nesses casos a RM é usada para monitorar o efeito da quimioterapia e reavaliar o tumor residual antes do procedimento cirúrgico definitivo.

Para finalizar, a ressonância magnética é o melhor exame para avaliar a integridade dos implantes de silicone (rotura do implante) e outras complicações.

Indicações da Ressonância Magnética da Mama

A Ressonância Magnética da mama não substitui a mamografia ou a ultrassonografia, mas é uma ferramenta adicional que tem muitos usos importantes, incluindo:

Rastreio em Mulheres de Alto Risco para Câncer de Mama

Para mulheres de alto risco para câncer de mama, geralmente por causa de uma forte história familiar, a RM pode ser um instrumento adequado para rastrear câncer de mama. Uma história familiar costuma ser uma mãe ou irmã que teve câncer de mama antes de 50 anos. Também pode ser tias, ou primos, incluindo aqueles no lado do seu pai. Parentes que tiveram câncer de ovário também aumentam o risco.

Determinar a Extensão do Câncer Após um Novo Diagnóstico de Câncer de Mama

Depois de ser diagnosticado com câncer de mama, uma ressonância magnética da mama pode ser realizada para determinar como o tamanho do tumor e se desenvolve para o músculo subjacente. Além de verificar se existem outros tipos de tumor na mesma mama e se existe tumor na outra mama.

Avaliar Anormalidades Difíceis de Visualizar na Mamografia

Em determinados casos, uma anormalidade vista na mamografia não pode ser adequadamente avaliada sozinha. Nestes casos raros, a RM pode ser usado para determinar definitivamente se a anormalidade precisa de biópsia ou não.

Avaliação de Prósteses Mamárias

A Ressonância Magnética é o melhor exame para determinar se próteses mamárias tiverem algum rompimento.

RM das mamas é um método novo que se consolidou como importante ferramenta no diagnóstico precoce e tratamento do câncer de mama. A principal característica do método é sua altíssima sensibilidade (superior a 95%) na detecção de pequenos focos de tumor, sejam eles nódulos ou microcalcificações. As principais indicações do exame, já estabelecidas na literatura médica, são: o rastreamento de pacientes de alto ou moderado risco para câncer (com antecedente na família) e mamas muito densas. Segundo o American Câncer Society, a RM também deve ser realizada em todas pacientes com diagnóstico confirmado de câncer, pois permite identificar outros focos ocultos na mesma mama e na mama contra-lateral, mudando o planejamento pré-operatório. Leia as indicações abaixo. Consenso americano na íntegra:http://caonline.amcancersoc.org/cgi/content/full/57/2/75.

O CURA conta com um dos melhores equipamento de RM disponíveis pois alia alto campo e túnel aberto, possibilitando a realização de exames em pacientes obesos e claustrofóbicos sem necessidade de sedação. Além disto, estamos equipados com a melhor bobina de mamas hoje disponível (Invivo® – 7 canais) e softwares que minimizam artefatos de movimentação.

Sempre pioneiros, hoje somos o único centro brasileiro a realizar mamotomias dirigidas pela RM, oferecendo um diagnóstico completo e evitando outros procedimentos desnecessários.

Indicação para o rastreamento

Grupos de alto risco – Muitos trabalhos comprovam que a RM detecta o câncer de mama precocemente em pacientes de alto risco. Os principais fatores são histórico familiar, histórico pessoal, terapia de reposição hormonal e alterações genéticas hereditárias. Veja a lista completa na tabela abaixo.

Mamas densas – Quando as mamas são muito densas, ou seja, contém grande componente de tecido glandular e pouco tecido adiposo, a mamografia tem a sensibilidade reduzida. Neste cenário, a RM pode ser utilizada como método de rastreamento complementar.

Próteses Mamárias – Avaliação de integridade intra ou extra capsulares.

“Problem solver” ou solucionador de problemas – A RM pode ser utilizada em casos de dúvidas ou discordâncias de achados da mamografia e ultra-som.

Indicaçao para lesões confirmadas

Extensão tumoral – Uma das principais indicações da RM de mamas é a avaliação completa e detalhada de lesões malignas já diagnosticadas pelo ultra-som e pela mamografia. Por ser um método tridimensional, permite a determinação exata das dimensões do tumor e pode ser útil na avaliação da invasão de estruturas da parede torácica.

Multifocalidade e bilateralidade – Atualmente, sabe-se que no momento do diagnóstico de um foco de câncer de mama, podem haver outras lesões na mesma mama (multifocalidade) ou na outra mama (bilateralidade) e que não são detectados pela mamografia ou ultra-sonografia. A multifocalidade ocorre em até 10% dos pacientes e a bilateralidade em cerca de 5%. A identificação precisa destas lesões pela RM pode mudar o planejamento cirúrgico e beneficiar cerca de 14,3% dos pacientes, segundo alguns estudos (1). Isto evita a realização de biópsias cirúrgicas desnecessárias e evita que a paciente tenha recidiva precoce (2). Reduz ainda em 30% a reintervenção (re-quadrante)

Detecção de tumores ocultos – A primeira manifestação do câncer da mama pode ser o aparecimento de um gânglio axilar anômalo cuja biópsia revele neoplasia e a mamografia e a ultra-sonografia sejam normais. Nestes casos, a alta sensibilidade do exame de RM pode revelar a localização do tumor e permitir tratamento adequado (3).

Assimetria focal e distorções arquiteturais – Em alguns casos, a mamografia pode revelar apenas uma área de assimetria ou distorção arquitetural sem que se possa caracterizar um nódulo propriamente dito. Nestes casos, permanece a suspeita de neoplasia mas não é possível localizar o foco tumoral. Nestes casos a RM, pela capacidade tridimensional e alta sensibilidade pode identificar ou descartar a presença de doença com alta sensibilidade e especificidade.

Recidiva tumoral/Persistência tumoral – Após a manipulação cirúrgica e sessões de radioterapia, a mama pode apresentar distorções arquiteturais que impossibilitam a detecção de recidiva ou persistência tumoral . A RM pode detectar corretamente estas lesões.

Fatores de risco para o câncer de mama

  • Histórico familiar – Parentes com câncer de mama aumentam o risco para a doença. A ocorrência de câncer em um familiar de primeiro grau (mãe, irmã ou filha), dobram o risco. A ocorrência em dois familiares de primeiro grau aumenta o risco em cerca de 5 vezes.
  • Histórico pessoal – Uma mulher com câncer em uma mama, tem cerca de 3 a 4 vezes mais chance de apresentar neoplasia contra-lateral ou na mesma mama.
  • Raça – Mulheres brancas têm maior risco, embora o comportamento do tumor nas negras costuma ser mais agressivo. Mulheres asiáticas e hispânicas têm menor risco.
  • Biópsias prévias alteradas – A ocorrência de algumas lesões benignas pode aumentar o risco da doença.
  • Menstruação – Mulheres que tiveram a primeira menstruação antes dos 12 anos ou que tiveram a menopausa após os 55 anos têm discreto aumento de risco.
  • Radioterapia – Mulheres que, quando crianças ou jovens, foram submetidas a radioterapia torácica têm risco significativamente maior.
  • Maternidade – Mulheres que não tiveram filhos ou os tiveram após os 30 anos têm risco discretamente aumentado.
  • Terapia de reposição hormonal – A terapia de reposição combinada, ou seja, aquela que usa estrógeno e progesterona aumentam o risco. A reposição somente com estrógenos por mais de 10 anos também pode aumentar o risco.
  • Álcool – A ingestão de mais de 2 a 5 doses diárias pode aumentar o risco em até 1,5 vezes.
  • Mutações genéticas – hereditárias como alterações nos genes BRCA-1 e BRCA-2.

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