Para identificar lesões nas estruturas ósseas, nos meniscos, nos ligamentos e nas cartilagens e presença de líquido na articulação.

Preparo

Jejum de, pelo menos, 4 horas. As instruções aqui descritas são comuns à maioria das clínicas de diagnóstico por imagem, porém após a escolha de onde fará o exame, verifique as instruções específicas do centro de diagnóstico, clínica ou laboratório. Quando o exame for feito sob sedação, é recomendado jejum de 8 horas.

Se tiver resultados de exames de imagem anteriores, como radiografias, ultrassonografia ou ressonância magnética da área examinada, pode ser útil informar à clínica de diagnóstico por imagem e leva-los no dia do exame.

Não suspender os medicamentos em uso, sem a devida autorização do médico solicitante. Caso seja necessário ingerir medicamentos no período de jejum para a realização do exame, o mesmo deverá ser feito com pequena quantidade de água. Pacientes que fazem uso de medicamentos para diabetes devem consultar a clínica de exames de imagem para verificar a necessidade de suspender antes do exame e, se necessário, só poderá ser feito com a autorização do médico solicitante.

Pacientes com “piercing” deverão retirá-lo, em casa, antes de irem fazer o exame.

 Possíveis reações

O exame é indolor, não provoca nenhuma reação e não é prejudicial à saúde. Para alguns casos, poderá ser necessária a utilização de contraste. Os riscos de reação ao uso do contrate são baixos, geralmente relacionados a alergia. Com a aplicação do contraste, o paciente pode ter sensação de rubor (vermelhidão na pele) ou uma sensação de frieza, sabor salgado ou metálico na boca, dor de cabeça, coceira ou náusea e, eventualmente, vômito.

Apesar de ter um índice baixo de reação alérgica, pode haver a necessidade de tomar algum antialérgico 12 horas antes do exame para pacientes asmáticos ou que já tenham mostrado alergia a meios de contraste.

 Contraindicações

Paciente com insuficiência renal deve relatar esta condição previamente à clínica para avaliação pelo médico do risco benefício do uso do contraste. Não podem fazer esse exame, pessoas que tenham implantes e alguns aparelhos oculares; implantes otológicos cocleares, marca-passo cardíaco, fixadores ortopédicos externos. Alguns tipos de clipes utilizados em cirurgia para aneurisma contraindicam o exame. É preciso entrar em contato com o médico que colocou o clip para saber sobre a compatibilidade com o exame. Informe à clínica de diagnóstico por imagem se você acha que tem algum desses ou outros itens metálicos no corpo. Gestantes não devem fazer o exame no primeiro trimestre, exceto se houver uma indicação e justificativa escrita pelo médico solicitante. É imprescindível que a gestante informe à clínica sobre a gravidez. Alguns equipamentos tem limites de peso, portanto, procure informar seu peso correto quando solicitado pela clínica.

 Cuidados após o exame

Se o exame for feito com sedação, você não poderá voltar para casa sozinho, nem dirigir veículos automotores até que passe todo o efeito da medicação, o que pode demorar algumas horas. Se o exame for feito com contraste, é preciso tomar bastante líquido nas horas seguintes para que ele seja eliminado rapidamente. Quando é usado contraste, é preciso interromper a amamentação por um período de 48 horas após a realização do exame.

 Onde fazer

O exame é realizado em clínicas de imagem e hospitais que possuem o equipamento de ressonância magnética e profissionais qualificados. O equipamento possui um alto custo e é necessário condições específicas para sua utilização e funcionamento. Quer saber onde fazer esse exame, perto da sua casa ou trabalho? Clique aqui e encontre os melhores lugares para fazer o seu exame, usando ou não um plano de saúde.

Lesões dos meniscos e da cartilagem articular do joelho são bastante comuns na população geral e em esportistas. A ressonância magnética (RM) é o método de imagem mais adequado para fazer o diagnóstico dessas lesões, assim como determinar seu grau e sua extensão. Este exame complementar é frequentemente solicitado por ortopedistas e médicos do esporte, depois do exame físico e da análise da história clínica, com o objetivo de auxiliar no diagnóstico e no acompanhamento de seus pacientes atletas e não atletas. As informações obtidas na RM são valiosas para se determinar o tipo de tratamento a ser adotado: clínico conservador, ou cirúrgico.

Os meniscos (medial e lateral) são fibrocartilagens que possuem várias funções no joelho como, por exemplo, contribuir para a estabilidade articular e proteção contra impacto. A cartilagem é uma camada que reveste toda a superfície articular do fêmur, tíbia e patela (rótula), e também tem função protetora sobre os ossos do joelho, além de promover o adequado deslize entre estes ossos nos movimentos da articulação.

As lesões meniscais e de cartilagem podem ser agudas ou crônicas:

As lesões agudas meniscais e condrais (de cartilagem) em esportistas são geralmente traumáticas, decorrentes de entorses, e podem ou não estar associadas a outras lesões (fraturas, contusões ósseas, lesões ligamentares, etc).

A RM revelará se há rotura meniscal, em qual dos meniscos ela se situa, além de determinar a configuração da rotura (longitudinal, oblíqua, horizontal, tipo alça de balde, etc) e a sua extensão: se compromete apenas uma porção do menisco ou se estende por todo ele.

Lesões agudas – As lesões agudas de cartilagem também são muito bem identificadas nos exames de ressonância magnética do joelho. Elas podem se apresentar como áreas de afilamento variável, desde uma leve erosão superficial até o extremo de perda completa, com exposição do osso subcondral (subjacente). Em alguns casos, há desprendimento de fragmentos de cartilagem, que se soltam e se tornam corpos livres intra-articulares, causando sintomas específicos.

Lesões Meniscais – Lesões meniscais crônicas são de causa degenerativa (desgaste), sem que haja necessariamente um episódio traumático ou rotura propriamente dita. Estas alterações se iniciam em pacientes acima dos 30 anos. Como há uma relação próxima entre meniscos e a cartilagem articular, lesões/roturas crônicas em meniscos podem levar a alterações degenerativas e erosões/afilamento da cartilagem articular, causando diminuição na resistência à carga vertical e impactos.

Pacientes ou atletas mais velhos, geralmente acima dos 50 anos, já podem ter algum grau de osteoartrose do joelho (processo degenerativo osteoarticular), e a RM complementa de forma muito mais detalhada a avaliação dos meniscos e da cartilagem articular, visto que as radiografias iniciais são insuficientes para este tipo de diagnóstico.

A ressonância magnética tem altíssima sensibilidade e especificidade para fazer o diagnóstico de lesões meniscais e condrais, quando interpretada por um radiologista com experiência em músculo-esquelético. Por isso, este exame quase que invariavelmente complementa a avaliação clínica em algum momento do acompanhamento dos pacientes e atletas.

A ressonância magnética ( RM ) do joelho é uma técnica imagiológica não invasiva que permite obter imagens do joelho, em particular da cartilagem e dos seus tecidos moles, como os músculos e tendões vizinhos, os ligamentos, os meniscos  e até mesmo o osso esponjoso sob a cartilagem.

A RM é uma técnica muito útil para identificar e avaliar uma série de lesões no joelho como :  rotura dos ligamentos cruzado anterior e cruzado posterior, bursite pré-patelar, quisto de Baker, rotura do menisco, rotura dos ligamentos colateral interno e colateral externo, rotura da cápsula postero interna e postero externa, fractura e doença da cartilagem, doença da sinovial, necrose avascular ( osteonecrose ), tumores de tecidos moles e do osso e situações de processo com dor inexplicável no joelho que não se diagnosticam por outros métodos.

Ao contrário do Rx e exames de tomografia computadorizada ( TC ), que utilizam a radiação ionizante, a ressonância magnética utiliza poderosos magnetos e ondas de rádio. O campo magnético produzido por numa ressonância magnética, é cerca de 10 mil vezes maior que o da Terra.

Esse campo magnético força os átomos de hidrogénio nas estruturas do organismo a alinharem-se de uma determinada maneira (semelhante à forma como a agulha de uma bússola se move quando é colocada perto de um íman). Quando as ondas de rádio são enviados para os átomos de hidrogénio já alinhados, estes respondem de modo particular e o computador que lhe está acoplado regista os sinais emitidos. Os diferentes tipos de tecidos enviam sinais diferentes, facto que nos permite a sua definição.

As imagens individuais de ressonância magnética são chamados “ cortes “. Um exame efectua por vezes, dezenas destas imagens.

Estas imagens são armazenadas no computador, para avaliação pelo radiologista e impressas em filme ou CD para disponibilização ao ortopedista.

Para a realização da RM o doente deita-se de costas sobre uma mesa, que desliza para dentro do aparelho de ressonância magnética, que normalmente tem a forma de um tunel. Pequenos dispositivos chamados bobinas, podem ser colocados à volta do joelho, de modo a ajudarem a enviar e a receber as ondas de rádio e assim a melhorar a qualidade das imagens.

Excepcionalmente alguns exames de RM do joelho necessitam da administração de contraste. Este é dado antes do exame, através de uma veia no antebraço. O contraste permite ver certas áreas com mais clareza e até definição. O contraste mais utilizado é o gadolínio. As reacções alérgicas a esta substância surgem muito raramente

O exame pode demorar até 40 minutos. Nos doentes que têm medo de espaços confinados ( que tem claustrofobia ), pode haver a necessidade de se administrar um medicamento que ajude o doente a manter-se menos ansioso. Em doentes que não suportam de todo “ entrar no tunel “ há hoje a possibilidade de efectuar o exame numa ressonância magnética “aberta”, máquina que não é tão fechada e está mais afastada do corpo, apesar da qualidade de imagem não ser tão fiável.

O forte campo magnético criado pela máquina durante uma RM pode interferir com certos implantes, especialmente os pacemaker. Doentes com pacemaker cardíaco não podem ser estudados por RM e nem sequer podem entrar numa sala de ressonância magnética. Os doentes com clips de aneurisma cerebral, com válvulas cardíacas artificiais, com implantes no ouvido interno (cóclea), com próteses articulares colocadas recentemente, com alguns tipos mais antigos de stents vasculares, não podem fazer uma ressonância.

A RM não expõem o doente a radiações e até hoje, não estão descritos efeitos colaterais significativos provocados pelos campos magnéticos e ondas de rádio sobre o corpo humano.

A articulação do joelho é uma das principais articulações do nosso corpo que é lesada durante a prática desportiva. Assim, várias lesões da articulação do joelho podem ter indicação cirúrgica: lesões meniscais, lesões ligamentares (LCA e LCP) e lesões da cartilagem.

Além da clínica, os exames imagiológicos são muito importantes neste tipo de lesões e, aqui, a Ressonância Magnética desempenha um papel muito relevante não só na deteção e caracterização do tipo de lesão, mas também na opção pelo tratamento conservador ou cirúrgico e na escolha do tipo de procedimento cirúrgico.

1. Lesões Meniscais

As lesões meniscais ocorrem quando o joelho está fletido e é submetido a uma força rotacional. As roturas são mais frequentes em doentes jovens na segunda e terceira década de vida. Doentes com idade mais avançada (quinta e sexta décadas), mesmo sem serem submetidos a traumatismos de alta energia, podem também sofrer lesões meniscais, com pequenos movimentos torcionais do joelho, mesmo durante a atividade normal.

Diagnóstico No diagnóstico clínico deste tipo de lesões pode haver a história do entorse, dor ao “agachar” ou ao subir escadas. Podem ocorrer bloqueios do joelho. A Ressonância Magnética é utilizada para confirmar o diagnóstico da lesão, além de poder detetar outras lesões associadas.

Tratamento O tratamento conservador está indicado para lesões pequenas e estáveis (raras) e em doentes mais idosos, sedentários e com poucas queixas. Em indivíduos com lesões meniscais sintomáticas, o tratamento de eleição é a meniscectomia (regularização da lesão meniscal) ou sutura meniscal através de cirurgia artroscópica.

2. Lesão do Ligamento Cruzado Anterior (LCA)

O mecanismo mais frequente de lesão do LCA é a torção do joelho com o pé fixo no solo, em que o corpo “roda” internamente em relação à perna. Pode também ser lesado em “agachamentos”, hiperflexão do joelho ou traumatismos diretos. Este tipo de lesões faz-se acompanhar, geralmente, por derrames do joelho.

Diagnóstico A Ressonância Magnética é essencial no diagnóstico deste tipo de lesões porque, além de confirmar a lesão, pode detetar outras lesões associadas que, por vezes, não é possível detetar clinicamente devido ao grande derrame que pode existir (lesões meniscais, cartilagem ou de outros ligamentos).

Tratamento Nas roturas completas, o tratamento é geralmente cirúrgico (excepto em indivíduos idosos ou muito sedentários) porque este ligamento não tem capacidade para se regenerar sozinho, procedendo-se a uma ligamentoplastia, em que o enxerto mais frequentemente utilizado são os tendões isquiotibiais.

3. Lesão do Ligamento Cruzado Posterior (LCP)

Este ligamento pode ser lesado através de traumatismos diretos ou indiretos. O traumatismo direto mais frequente é o acidente de viação em que a lesão ocorre através de um traumatismo na região anterior do joelho. Os traumatismos indiretos ocorrem geralmente em lesões desportivas com hiperflexão ou hiperextensão do joelho.

Diagnóstico Neste caso, a ressonância magnética, além de poder mostrar lesões associadas, mostra o local exato da lesão: avulsão da tíbia/fémur ou rotura intra-substância.

Tratamento Apesar dos grandes avanços no conhecimento da anatomia e biomecânica do LCP, o tratamento é ainda controverso: lesões isoladas do LCP grau I/II têm geralmente tratamento conservador (fisioterapia), enquanto que o tratamento é cirúrgico (ligamentoplastia) em lesões completas (grau III) associadas a lesões do compartimento postero lateral, avulsões ósseas (arrancamentos da inserção do LCP) ou lesões completas isoladas em desportistas.

4. Lesões da cartilagem do joelho

Estas lesões podem ocorrer por traumatismo direto (desportivo ou não) ou por microtraumas de repetição, levando ao desgaste lento e progressivo da cartilagem. Como a cartilagem articular é muito pouco irrigada, tem grande dificuldade em cicatrizar.
As lesões da cartilagem do joelho estão presentes em cerca de 510% dos doentes com menos de 40 anos. Acima desta idade pensa-se que a prevalência seja cerca de 6070%.

Diagnóstico Aqui, a Ressonância Magnética, além de diagnosticar este tipo de lesões, mostra-nos a profundidade e a extensão da lesão, sendo uma preciosa ajuda para o tipo de tratamento.

Tratamento Dependendo do tamanho e da profundidade da lesão, o tratamento cirúrgico é diferente. Assim, em lesões até 1 cm2 podemos efetuar estabilização das lesões com radiofrequência, microperfurações ou aplicações de fatores de crescimento. Em lesões acima de 1,5 cm2 podemos proceder a mosaicoplastia (aplicação de enxerto de cartilagem autólogo) ou cultura de condrócitos (em que se retira uma pequena quantidade de cartilagem do doente que é multiplicada em laboratório e inserida no local da lesão).
No tratamento não cirúrgico deste tipo de lesões utilizam-se os agentes condroprotetores que têm como função retardar ou diminuir a velocidade do desgaste da cartilagem.

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